Expectativas e incertezas na elaboração do planejamento 2022
Gestão Contábil

Expectativas e incertezas na elaboração do planejamento 2022

O avanço da vacinação contra o COVID-19 em todo país representa otimismo e indica que o ano de 2022 trará melhores oportunidades para os negócios. Entretanto, o planejamento empresarial exige cautela, análise rigorosa e flexibilidade.

O cenário favorável dependerá muito do setor de atuação da empresa, com uma forte tendência de favorecer negócios que dependem da circulação de pessoas, como por exemplo, o turismo, restaurantes e bares. Mas mesmo nesses casos, o retorno ainda é incerto.

Os pontos prioritários do planejamento para 2022 devem ser a preservação do caixa, a elaboração de planos de curto prazo (por exemplo, trimestrais) e a criação de uma matriz de riscos. É preciso garantir a saúde e a liquidez do caixa, visto que não estamos em um período de pujança econômica. Planejar para o curto prazo e revisar o planejamento constantemente são medidas que favorecem a flexibilidade em momentos de instabilidade como o atual.

O planejamento precisa contemplar também o processo de evolução em relação à transformação digital do negócio. Muitas empresas começaram a promover a digitalização recentemente e, agora, devem entender como podem usar as ferramentas digitais com mais eficiência. Talvez, o empresário sinta a necessidade de investir mais, porém, investimentos maiores precisam ser avaliados com cuidado, visto que além da pandemia, há efeitos econômicos e políticos que podem impactar as empresas e o mercado consumidor.

O CENÁRIO

Mesmo diante de uma demanda reprimida, que pode alavancar atividades como turismo, eventos e alguns ramos do comércio, é importante ressaltar que a retomada do mercado não significa que as coisas voltarão a ser como eram antes. A pandemia provocou mudanças de hábitos de consumo e continua acelerando transformações que impactam todos os negócios e suas cadeias produtivas.

Com base nisso, a recomendação é monitorar a dinâmica do mercado e da concorrência, a possibilidade de criação de novos mercados, a evolução das tecnologias, as mudanças nas relações de trabalho, os movimentos econômicos e políticos, entre outros aspectos que afetam o ambiente de negócios. O planejamento deve ser feito visualizando cenários otimistas e pessimistas e, para cada um deles, é preciso traçar diferentes linhas de ações estratégicas.

É importante ressaltar que as lições aprendidas na pandemia não podem ser esquecidas, mas sim, incorporadas. Este é o momento de consolidar as mudanças feitas pelas empresas, tais como transformação digital, redução de custos, melhorias nos processos com a eliminação de gargalos e racionalização de métodos, etc.

Períodos de transição como o atual, exigem diferentes esforços de adaptação. A pandemia acelerou o processo de automação, por exemplo, afetando inúmeras profissões. Estimativas indicam que 85 milhões de empregos serão impactados pela substituição de pessoas por máquinas até 2025. Entre os profissionais que permanecerem em suas funções, 50% precisarão de requalificação. As novas configurações de trabalho devem consolidar o sistema híbrido, dividido entre presencial e remoto. O risco está colocado para empresas e pessoas com maior dificuldade de adaptação a esse contexto.

03 de Janeiro de 2022
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