Desemprego ou falta de qualificação?
Gestão Contábil

Desemprego ou falta de qualificação?

Já não é mais novidade que o mercado de trabalho está em constante transformação, muitas das vagas de trabalho de 10 anos atrás já foram extintas, dando lugar para novas, que exigem dos profissionais habilidades e conhecimentos atualizados.

Paralelo a isso, sabemos que a economia brasileira está passando por uma fase crítica, com pandemia, dólar alto, inflação na casa dos dois dígitos e instabilidades políticas. Mas mesmo diante dessas dificuldades, estima-se que há, em média 1,5 milhão de novas vagas abertas mensalmente.

Embora tenhamos uma exagerada taxa de desemprego no país, é unânime entre os recrutadores que, em muitas áreas, sobram vagas e faltam profissionais qualificados.

Mas afinal, por quais motivos essa conta não fecha? Não tem uma resposta exata, mas elencamos os três principais motivos para explicar essa realidade:

 

FALTA DE QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL:

A formação não prepara os jovens para o mercado de trabalho. Cursos técnicos amenizam o problema, mas precisariam suprir a qualificação necessária em qualidade e quantidade de mão-de-obra. Iniciativas de empresas e projetos privados de formação de futuros colaboradores resolvem o problema pontualmente e ainda escancaram as deficiências do ensino brasileiro.

 

EDUCAÇÃO BÁSICA ABAIXO DO ESPERADO

É assustador o cenário, inúmeros profissionais no mercado apresentando conhecimentos abaixo do aceitável em interpretação de texto, escrita correta na língua portuguesa, pensamento lógico e matemática básica. O número de brasileiros com hábito de leitura e aprendizado contínuo é inexpressivo.

 

CONFORMISMO

Além da questão cultural, social e política, temos um desânimo generalizado na população, que não luta por uma vida melhor. Encontra ofertas de formação ou mudança, mas não tem interesse. Mesmo os que estão empregados, frequentemente declinam de oportunidades de desenvolvimento da carreira. Deixam de evoluir profissionalmente por não se dedicarem a um aprendizado e melhoria contínua. Priorizam bens e lazer e esquecem de investir no futuro, correndo sério risco de entrarem nas estatísticas do desemprego.

 

A psicóloga e diretora da empresa AGIRrh de Tijucas/SC, Ryllyane Neves Rosenq, expõe com clareza a realidade que vivencia diariamente em sua empresa de recrutamento e treinamento. Segundo ela, “muitas pessoas estão à procurar emprego, mas poucas apresentam qualificação. A maioria possui em seu currículo alta rotatividade de empregos, pouca resiliência e percebe-se que, quando expostas a desafio ou responsabilidades maiores, já trocam de emprego, visto que o mercado tem demanda”.

Um outro detalhe apontado pela psicóloga, é de que as empresas estão investindo em treinamentos, mas se deparam com a baixa adesão dos colaboradores, “as pessoas não tem qualificação e não buscam, mesmo quando é ofertada. Não há interesse, atitude e comprometimento.”

Ryllyane aponta que isso vem obrigando empresas a acelerarem o processo de automatização das suas linhas de produção para reduzir a demanda de mão de obra humana. Ela acrescenta também que “a informalidade é crescente e que todo esse problema aumenta muito quando as vagas de trabalho são fora do horário comercial”.

Esse comportamento cultural do brasileiro, faz com que muitas vagas deixam de ser abertas porque o recrutador sabe que não encontrará ninguém com as qualificações necessárias. Um exemplo rotineiro é o domínio de um segundo idioma, há muitos anos se fala da importância do inglês no mercado de trabalho, que com ele há possibilidade de concorrer a vagas selecionadas, com salários maiores. Mas se todo mundo já sabe disso, por que apenas de 1% da população brasileira possui fluência na língua inglesa?

Em contraponto ao que a psicóloga fala, também é importante comentar que as empresas, em especial as pequenas, não tem tempo e organização suficiente para contratar uma pessoa e ensinar algum oficio com a devida calma e qualidade que o novato(a) mereceria, mas realmente a força de vontade e persistência depende da própria pessoa.

 

MUDAR É POSSÍVEL!

Uma pessoa só muda SE e QUANDO quiser. Uns buscam e conseguem sucesso, outros preferem viver em uma zona de conforto ilusória e não saem do lugar. Essa diferença determina claramente quem está disposto e quem não. Esperamos que 2022 termine com mais pessoas dispostas a mudar essa realidade.

 

E você, em que posição se encontra nesse cenário? Se chegou até aqui, possivelmente é porque busca novos conhecimentos e informações que enriquecem sua trajetória. Continue nesse caminho, é ele que vai levá-lo ao sucesso profissional!

18 de Julho de 2022
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